segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Teoria número vinte: sobre a loucura, realidade e várias perguntas

Se criamos uma imagem de cada pessoa que conhecemos, então quem é verdadeiramente real? No sentido da essência, a pessoa pode chegar a conhecer realmente a outra nessa mesma vida? A loucura então não poderia ser um modo de escapatória, no qual o indivíduo devido a uma falha no cérebro ou a alguma doença perde o sentido, acordando para uma verdadeira, ou melhor dizendo, uma outra “opção” de realidade. Não sei, são devaneios que atravessam a minha cabeça, sempre que eu vejo uma pessoa gritando no meio da rua, alterada, em “outro” lugar.

Um louco não pode estar certo?

O problema é a imagem realizada, a imagem feita, a compreensão do próximo apenas pelos próprios olhos. Por que não conseguimos sair de nossa restringida visão? Somos tão fechados em nossos malditos sentimentos, em nossos pronomes próprios, consequentemente preferimos sempre acreditar no que vemos. O ser humano é o mais medroso dos animais que habitam a terra. De alguma forma a imagem realizada nunca sumirá, nunca seremos aptos a ver o real por trás. E se não vemos, e se ninguém nunca viu, será que o real realmente existe?

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