quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Minha, solta

Te amo
de quatro,
na parede
encostada, de leve.

Minha,
te amo entre
as entranhas
encardidas da noite.

Por dentro
te amo
indo e vindo,
indo e vindo
no chão do quarto.

Em cima do tapete,
sob o armário.

Em frente ao espelho
só para ver.

Solta,

há  tempo te amo
no chuveiro.

Dormindo, em sonhos poluídos,
com a fumaça
do cigarro.


Te amo como os restos
no cinzeiro amam:
abandonado.