sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ora bem baixo agora

Não me dê um dia de sol,

se virão outros três

de chuva.


Brinca com os dedos

e estala;

pois as palavras, depois, surgem,

como cometa.


Dá-me consciência

apenas se não querer

usá-la.


Os dedos calejantes

estão finalmente apontando as letras.


Tire tudo da minha pessoa que não seja pessoal,

deixe os medos, as lembranças, e a caricatura,


e tudo isso


que chega ao papel,

apesar dos dias,

da consicência.

domingo, 21 de agosto de 2011

Hey...

...quer saber? Você vai acordar amanhã às 8 horas e vai perceber que a vida vale a pena.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sombra

Só de achar que havia te visto naquele auditório cheio hoje de tarde eu comecei a pensar imediatamente se eu estava com o cabelo arrumado, se a minha roupa não estava estranha, ou se eu havia engordado. Um pequeno aceleramento na batida do coração e uma sensação de fraqueza, como se estivesse com sono, mas também feliz ao mesmo tempo denunciavam tudo aquilo que eu tentava esconder.

Eu me vi caindo, caindo.

Mas daí não era você, apenas lembrava o seu sorriso que abre e fica estampado no ar por algum tempo, contagiando todos os átomos ao redor. Mas não chegava nem perto daquele modo de rir maluco, nem perto mesmo. Então tudo diminui, as batidas voltaram, tudo voltou, tudo ficou normal e chato de novo.