segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quem sabe agora você possa me mostrar aquela canção no violão

Há quase dois anos que os olhos não se observavam desse jeito; durante um tempo foi só visão normal de amizade conhecida, daquelas que se cumprimentam no pátio sem querer. Mas agora eles se pedem aos poucos, como antigamente. É algo que se forma nos cílios e depois pula para as pupilas, contornando os rostos, a boca. É difícil segurar os impulsos mais velhos, depois de um tempo eles retornam ainda mais fortes. Talvez eles nem foram embora de vez, ficaram ali escondidos, abafados. O mundo mudou, mas nunca esqueci da música que você me prometeu. Nem deu tempo para escutar, não lembro o porquê também, mas quem sabe agora você possa me mostrar aquela canção no violão?