quinta-feira, 16 de julho de 2009

Do centro para os arredores

É tarde de dia nublado em Curitiba. As nuvens fecham a cidade por cima, mas nenhuma gota cai. Graças a Deus, ou a alguma outra entidade superior responsável pelo vazamento de água. Graças porque eu queria conhecer alguns pontos turísticos da cidade e seria realmente chato se chovesse. E eu ficaria mais triste porque não poderia andar na parte de cima do ônibus turístico (ah, é divertido). Muito engraçado andar em uma dessas linhas, pois são pessoas de vários lugares, com diferentes sotaques. Percebi alguns cariocas, paulistas, nordestinos, ingleses, espanhóis, portugueses. Para quem gosta de observar pessoas , a linha turística é uma boa fonte.

Primeira parada em que desci é a que todo mundo que vai para Curitiba certamente deve ir, o Jardim Botânico. Um pouco antes do desembarque duas gurias, que se encontravam atrás do meu assento, conversavam sobre o fim do diploma para exercer a função de jornalista, revoltadas com a não mais obrigatoriedade da graduação. Uma delas usava uma meia calça preta e uma saia curta, que se prolongava até um pouco antes do joelho. Fazia o tipo indie com óculos diferentes, alguma roupa moderna tentando parecer retrô. A outra era mais discreta, porém parecia mais irritada. Deveria ser a colega de jornalismo. Desci devagar do ônibus que ficou parcialmente vazio. De fora já podia se ver o desenho bonito que os arbustos verdes delicadamente moldados faziam no enorme espaço do Jardim.

Como era domingo, havia bastante turistas, tirando fotos, todas iguais, na frente da grande estufa, ou na entrada. Todos posando. Não gosto de fotos totalmente posadas, quer dizer, tiro algumas, mas prefiro aquelas que sejam desprevenidas, ou de um ângulo diferente. Em que se possa explorar um pouco mais da criatividade. E o Jardim Botânico é um ótimo lugar para isso, pena que o tempo era curto. O que sempre me chamou a atenção nesses lugares cheios de flora é o modo como ela é agrupada. De alguma forma todas as coisas do mundo mantém um caminho. Até as árvores, até as pessoas.

É claro que não poderia faltar a clássica foto da estufa transparente, branca, agrupando inúmeras plantas e um pequeno córrego artificial.

Foto clichê, mas necessária.

Os prédios circundam o verde. Formam labirintos em volta deles, ajudam as pessoas a se confundir e a se poluir ainda mais. Curitiba é abençoada por causa dessas ilhas de verde. O Jardim Botânico é só um dos diversos parque que ela possui - e dos que eu vi não é nem o mais bonito.

Na volta ao ônibus turismo, as gurias sentaram mais afastadas, procurei o olhar delas como em outrora, mas elas já deviam falar de outras coisas. Os problemas seguem as pessoas. Para qualquer lugar que você vá. O negócio é enfrentar, mesmo que seja o diploma, ou qualquer outra irritação.

Próximo ponto e um dos meus favoritos, é o Museu Oscar Niemeyer, o maior da América Latina , segundo a explicação da voz gravada dentro do ônibus. Que dizia a informação de cada ponto turístico em, no mínimo, três línguas: português obviamente, espanhol e inglês. Arquitetado pelo próprio Nimeyer, é um dos grandes monumentos culturais da cidade. Também é conhecido como o "Grande Olho", como vocês podem conferir na foto aqui do lado.


Na parte interna, onde se encontravam as pinturas, esculturas, enfim, poderia se tirar fotos, com a condição de que não fosse usado o flash e de que não poderia se tirar apenas da obra. Ou seja, era preciso pensar em como tirar as fotos, isso foi um pouco do que saiu:


E uma do seu interlocutor aqui, pousando (justamente o que ele disse que não gostava). O legal é que é uma pintura na parede, uma colagem acredito, bem criativa.

continua...

Um comentário:

Anônimo disse...

Belas, belas fotos!

Curitiba é, talvez, a cidade brasileira que mais saiba vender seu peixe para o turista hehe. Tu ficas lá por uma semana e custa a encontrar os problema que, por certo, esta cidade tem, como todas as outras.