segunda-feira, 20 de julho de 2009

1848

Pelas luzes noturnas
Na descida da rua
A porta encontrei
Coberta por manto

Dez dedos em união
Para fora surgiam
Da casa, do medo
Mutualmente se maculavam

Bebidas no copo
Pedem lembranças
“coisa assim não pode ocorrer”
Você me diz

Pois vi com esses olhos
E eles observam os senhores
Duas mãos escorregando
Por trás do manto

Não havia braço
Não havia corpo
Apenas dez dedos no escuro
Me esperando

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