segunda-feira, 31 de maio de 2010

Teoria número vinte e nove: sobre o maldito e o bendito desfocamento.

Tempos atrás estava conversando com alguém e me veio essa palavra para definir como eu observava essa pessoa naquele momento. Desfocada, fora de si, perdida entre outros pensamentos. Ou seja: ela estava confusa, assim como uma foto em que a imagem não está bem definida.


Maldito desfocamento. Ou bendito?


Às vezes é necessário ficar meio desfocado, isto é, fora de si para se encontrar. Ou melhor, outra pessoa pode vir e te focar melhor, de outro jeito. Lembro-me agora do filme Descontruindo Harry do Woody Allen, nele o escritor cria um personagem que é desfocado. Sim, ele é interpretado por Robin Willians e fica desfocado não se sabe o porquê. A sua família então para vê-lo normalmente tem que usar óculos.


O desfocamento (palavra inventada, ok?) serve para percebermos que não há nada mais confuso do que se olhar e não se enxergar. Melhor tentar dar um jeito, não?

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