Três horas da tarde quando Francine G e Lucas Felt se encontraram sem querer num pequeno mercado aberto na rua João Sabiá, perto do número 336. Ela foi pegar uma maçã toda alegre e faceira com aquele cabelo preto acastanhado e a pele branca, sem ser pálida. Mudara há pouco tempo, e agora passeava para conhecer a região. Ele também foi pegar a maçã e tocou sem querer na pele da menina de baixa estatura que se encontrava à sua frente naquele sábado nublado. Lucas nem queria ter saído de casa, mas vestiu a camiseta desalinhada e a calça Jeans regular para ir ao encontro que havia combinado no cinema. No meio do caminho estava uma rua e a varanda. Por que não parar para dar uma olhada? As mãos enfim se tocaram, e ele cedeu a maçã para ela, apesar de insistências por parte da moça de que não queria a fruta. Sorrisos de ambos, mão no cabelo dele e mexida na bolsa dela. Ficou tão agradecida que puxou a câmera para tirar uma foto do seu lado, do nada. Lucas ficou tão perplexo que nem sabia o que falar. Só ouviu o “clic”, logo após sentir o braço da menina o puxando para perto. Ele nem sabia mais quem estava o esperando no cinema, ou o filme. Ele queria a foto, ou melhor, ele também a queria. Ficou de lhe enviar a foto por email, ou por carta. Trocaram os diferentes tipos de endereço, e Francine G. foi embora com a maçã vermelha, segurada por aquela mão, com unhas também vermelhas.
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