Ainda finge que é casada.
Coloca os dois pratos na mesa
e na hora de dormir
procura o abraço por entre
os travesseiros.
Perde para o cansaço apenas depois das três.
Lembra até do forte barulho ao respirar
e dos, vários, tiques
ao dormir.
O calçado ainda está na mesma posição.
Assim como despertador
pronto para tocar.
Tempo que não volta,
hora que nunca termina.
Essa é a sina.
Assina.
Assassina.
2 comentários:
E assim a ausência se faz presença (dura).
Belíssimo poema!
o coment da mariana está perfeito.
só dá pra assinar embaixo..
e agora me lembrei de uma coisa nada a ver.. que vi no curso de extensão o sábado inteiro:
a presença está dada, mas a ausência é estruturante
rsrs...
lindo poema! pra variar
bjoo
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