sexta-feira, 30 de abril de 2010

Crônicas de um repórter novato - parte XVI

Domingo agora viajarei para São Paulo a fim de participar do Congresso de Jornalismo Cultural da Revista Cult. Estou realmente excitado, porque acredito que uma viagem sempre agrega coisas novas e o congresso, certamente, será uma experiência enriquecedora. E acho que ele chega em um momento de definição para mim.

Estou há cerca de oito meses trabalhando na editoria de Cultura aqui do Jornal do Comercio (Rio Grande do Sul), e durante esse tempo tive a oportunidade de produzir e escrever várias materias. Assim como também tive a chance de entrevistar muitas pessoas, algumas bem interessantes, e que me deram uma carga de conhecimento e experiência que carregarei durante toda a minha vida.

Para quem lê essa coluna desde o começo deve notar como a minha opinião sobre o jornalismo mudou desde que comecei a trabalhar no jornal diário. Isto é, antigamente as dúvidas me cercavam e eu me questionava se realmente essa profissão era para mim. Com o tempo descobri que os bons repórteres sempre têm dúvida, assim como qualquer bom profissional em qualquer área. A diferença é que as dúvidas sempre serão respondidas com o tempo, ou viram uma especie de obsessão, igual àquela objetividade - em tese - sempre buscada pelo jornalista (o horizonte que nunca alcançaremos, mas que deve ser sempre o nosso norte).

E acho que para mim o jornalismo também virou um tipo de obsessão, não tanto quanto escrever, mas é algo que realmente desejo fazer. Mas fazer do meu jeito, tentar arranjar um espaço para mim através de muito trabalho, um pouco de sorte e talento.

Ser obsessivo não é tão ruim assim, já diria Woody Allen.

Quando digo meu jeito penso em ser empreendendor. Felizmente ou infelizmente, nunca gostei de ser mandado - acho que herdei isso do meu pai. Então, essa é minha meta agora. De um modo obsessivo trabalhar com o jornalismo tentando me mandar. Será possível? Ainda não sei, mas agora é o horizonte que tento alcançar.

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