domingo, 3 de janeiro de 2010
Meu ideal
Você picará a cebola para fazer o arroz, eu vou ficar olhando a sua mão adquirir aquele cheiro de tempero tão normal, tão característico. Vai levar a lasanha que eu tanto gosto para o forno e nós vamos comer juntos. Não vai me deixar morrer de fome. Depois eu prometo que preparo – ou vou buscar – a sobremesa. E o clima mudará quando começarmos a assistir aos filmes que eu aluguei: uma comédia romântica, um drama cult, um filme de aventura. Com pausas para algumas bebidas, é claro. Além das nossas músicas favoritas, os clássicos da década de 50, 60, algo moderno que você trará e as conversas filosóficas sobre besteiras – porque elas são coisas sérias – do passado ou do futuro. Prometo até arriscar alguma coisa no violão, mas só porque você estará junto, só porque você tanto insistiu. E é quando a sua risada ficar mais alegre, ou quando a minha se perder com todos esses acontecimentos, que o momento certo nascerá. Por entre os seus olhos ariscos arriscados ou surgindo por entre as mãos brancas cheirando a cebola e tocando nas minhas, os corpos hão de se encontrar. Assim junto com a noite mesmo, tudo se convertendo para tudo que eu sempre quis. Se unindo pelas peles, por entre os corpos em uma só tensão, em um só movimento.
escrevinhado por
Rafael Gloria
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às
18:11
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Um comentário:
eu não devia ler teus posts na minha situação atual.
como eu sou burra!
ótimo como sempre, rafael.
bjus!
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