sexta-feira, 25 de junho de 2010

de tarde, no meio da tarde.

Sopa toda espalhada.

Cadeira virada com os

pés para cima.



No fundo, há de entender

o que o poeta disse

às 15h30 de um dia,

qualquer dia.


Uma cadeira pode tombar

ao avesso.

Uma colher de sopa pode escorregar

entre os dedos.



De tarde, no meio da tarde.

Ela se despede em

Esq-uem-ati-zad-os

pedaços.

3 comentários:

Mariana S. disse...

Eu gosto sempre que tu fazes poesia sobre a própria poesia, mas dessa vez ficou especial.
Meio louco, meio ensopado, e meio de pernas pro ar.
Não é a loucura uma das principais matérias primas dos poetas? Vai saber...
=)

Ana SSK disse...

Olá!
Belíssima tua poesia...
"Uma cadeira pode tombar ao avesso."

Agda disse...

gostei ^^