Há alguns dias tive a oportunidade de entrevistar um dos jornalistas mais respeitados do país, o Mino Carta, atual diretor de redação da revista Carta Capital (que, segundo o próprio não leva o nome “Carta” devido ao seu sobrenome, mas sim à editora da publicação). Ele é reconhecido também por ser um dos responsáveis na fundação de revistas que marcaram época como Veja, Isto é, Quatro Rodas e, mais recentemente, a já citada Carta Capital. Mino também é reconhecido por sua postura crítica em relação à imprensa brasileira – cada vez mais alinhada ao poder dos grandes veículos de comunicação.
Entrevistei o italiano (sim, ele nasceu no país em formato de bota e veio cedo para o Brasil) pelo veículo em que trabalho, o Jornal do Comercio aqui do Rio Grande do Sul. Nem preciso dizer que estive nervoso durante o tempo que antecedeu a entrevista, logo, me preparei para a pauta fazendo os chavões necessários: lendo bastante sobre a vida do entrevistado, lendo o que ele escreveu, observando entrevistas anteriores e planejando uma ordem de perguntas coerente. Como tinha um tempo limitado – cerca de meia hora – fiz em torno de 12 perguntas, para minha sorte ele acabaria respondendo todas. Acabei roubando até mais alguns minutos.
Mas não é exatamente sobre a entrevista que quero falar hoje, porque isso você pode ler na minha matéria feita para o Jornal do Comercio, na entrevista publicada na íntegra no Jornalismo B ou, ainda, em um texto mais aprofundado e literal no Pareotrem (esse dentro de alguns dias). Gostaria de falar sobre o que me aconteceu alguns momentos antes da entrevista.
Quando ainda me encontrava na redação.
Não sou um desses caras que se expõem por qualquer coisa, logo acho que isso vale a pena. Tenho uma grande futura colega de profissão – ainda não sou formado – que costuma me ajudar em momentos em que me encontro em dificuldade. Mais do que isso, acredito que criei com ela uma espécie de laço de amizade unido a uma admiração – pelo menos da minha parte. Acontece que eu estava nervoso antes da entrevista, como já citei anteriormente, e a Caroline conversou comigo, e me fez observar várias coisas importantes sobre o jornalismo e, de certa forma, sobre mim que eu não havia percebido – ou escondia da minha consciência.
Uma verdadeira lição que eu certamente levei para a entrevista e para o futuro.
Quem me conhece sabe que tenho uma dificuldade em tecer elogios, até porque poucas pessoas realmente merecem. Mas para a Caroline eu abro a justa exceção: tenho o prazer de dizer que é uma das profissionais que mais admiro e que, por sorte, tenho contato desde o meu primeiro estágio em um jornal impresso, lá no Jornal da Universidade (UFRGS) e agora no Jornal do Comercio. Que venham muitos anos de sucesso para ti, tia Carolete.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Crônicas de um repórter novato – parte XV
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Um comentário:
Ai, o que não chorei com a poesia de ontem... Ficou pra hoje!
Depois de tantos comentários anônimos super identificados, ou assinando como a Tia Carolete, nesse tenho mais que me expor, afinal sou mencionada.
O que falei foi a mais justa verdade! Não é sempre que precisamos ir a Buenos Aires para ouvir elogios aos colegas. Lembre-se do que a cantora disse: "Um puta jornalista"!
Vamos lá, quem sabe consigamos ir amadurecendo e evoluindo na profissão sempre juntos...
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