domingo, 27 de dezembro de 2009

Ponto Cruz

Eu desenho uma constelação

a partir dos seus sinais

espalhados pelo corpo

moldando todo o destino.


A pele branca, quase pêssego, é o carpete

por onde o futuro desfila.


Será possível adivinhar,

por mais inverossímil

que isso soe,

onde nossa brincadeira

vai parar?


Vou apenas preenchendo os pontos,

ajustando as medidas,

transitando pelos círculos, anéis, elipses

ou geometrias malucas que a junção

dos seus pontos traduz.


Medida aritmética sem sentido.

Maluca interação por contato,

que não me explica destino,

que me deixa docemente

levemente

atordoado.

2 comentários:

Mariana disse...

Geometricamente
aritmeticamente
enlouquecedoramente

lindo!

Anônimo disse...

Se tu soubesse o sentido que isso fez para mim?! hehehehe
Gloria, peguei horrores no teu pé em 2009, né? Mas quer saber? Vou continuar pegando em 2010... "Perdeu, neguinho"... Um ano novo cheio de escritas, entrevistas legais e encontros furtivos, ok? Te adoro!
P.S.: Não preciso assinar, né?