quarta-feira, 24 de junho de 2009
Sob as luzes
Puxou o amigo pela mão, há meia hora estavam caminhando normais . Pessoas loucas dançando e morrendo por poucos segundos e voltando, voltando sempre. Mais vivas, porém com um maior sentimento de posteridade. Olhos esbugalhados sumindo no horizonte, que terminava na parede mais próxima. As luzes coloridas malucas ultrapassando o teto, as lâmpadas efêmeras – sempre tão belas –, explodindo com o ambiente. Corpos misturados sentados no chão, encostados nas paredes, redundantes em si. Eles cantam juntos. A música. TUM TUM TUM TUM. A música. A música não para. TUmmm. Ela diminui. Assim como o passo de Anderson, assim como a sua consciência mesquinha e esnobe. Quem eu sou? Cai no chão e começa a tremer. Da sua boca, um esguicho sai aos poucos. Onde estou mesmo? É verde e se mistura com a música e com as luzes. Do nada, a mão amiga o resgata. Há meia hora estavam caminhado normais.
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