- Olha pra nós. Nem parece que faz sete anos. É, há sete anos que você pegou aquele avião, sobrevoou o mar e chegou a velha terra. E olha para você. Sete anos e eu nunca disse uma palavra. E eu te reconheço assim de frente. Ou melhor, de lado, de perfil, de cabelo liso, de lábio grande. Você não mudou nada. Sete anos. Olha para mim, eu também não mudei muita coisa. Mas como estará nossa cabeça? Nem dá para acreditar. Quando eu te vi agora há pouco, na fila do aeroporto, foi quase como mágica, como uma daquelas cenas que se assiste em filmes de comédia romântica, mas que não acontecem na vida real. Mentira. Acho que esse momento é a prova que isso pode ocorrer. Sete anos e eu ainda me descubro apaixonado. Não, não quero que você diga uma palavra. Esse momento é só meu. Quero provar de cada segundo que não falaremos nada.
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