Eu fiz a escolha errada.
Mas eu não vou mais fugir da única coisa que sempre me interessou na vida e o motivo pelo qual eu resisti a anos de escola, a centenas de diferentes professores, a inúmeras cadeiras: o ato de escrever. Não escrever periodicamente num jornal qualquer sobre coisas banais do cotidiano. Não distribuir pautas que não me interessam em nada. Escrever para imaginar, para incitar, incomodar. Escrever sobre as pessoas, de modo único a fazê-las pensar no que lêem. Não desejo que o meu texto seja um quebra cabeça chato como é o jornalismo, onde se deve só preencher as peças nos lugares certos. Marcar o horário, perguntar o que interessa e voltar para casa. Não. Não. Não.
Quero escrever como um escritor faz, ou como deveria fazer: as palavras não servem para ser admiradas, servem para dizer. Não servem para brilhar como diamante falso e sim para explodir como dinamite escondida. Demorei um tempo para perceber o que eu realmente gostaria da fazer. Minto, na realidade eu sempre soube, mas a partir de agora vou agarrar essa ideia com unhas e dentes. Vou torná-la minha parente, prometo não sossegar enquanto não conseguir meu objetivo.
Eu sou um escritor. E prometo honrar essa palavra de oito letras, mas de muitos significados.
Um comentário:
Uma professora no primeiro semestre disse ao ler um texto meu "mas se ela só queria escrever, pra que fazer jornalismo?". E eu pensei muito nisso, qualquer um pode escrever e fazê-lo bem. Mas eu não acho que fizestes a escolha errada.
E os textos anteriores tão muito pesados. haha
Boa sorte!
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