sexta-feira, 30 de maio de 2008

Na rua.

Li em um jornal popular recentemente (acho que hoje ou ontem, talvez – minha cabeça anda perdida pelo caminho das aulas e do trabalho) que o número de pessoas sem teto em Porto Alegre, mais do que triplicou em de doze anos. São cerca de mil e setecentos mendigos caminhando pela capital Gaúcha. Quase dois mil fantasmas perdidos por aí, sobrevivendo na servidão marginal das ruas, na parte escura do dia; à sombra das árvores e à beira da sociedade burra. E ainda há pessoas que sentem nojo, e que, ainda por cima, falam coisas inexatas como: “só não trabalha, porque não quer”. Claro, há muitos empregos disponíveis no mercado para pessoas que não possuem escolaridade, e experiência. O ser humano vem cada vez mais me desapontando, embora eu teime em confiar em suas investidas, em dar mais uma chance as suas palavras. Por mim, as coisas seriam iguais àquele mundo perfeito e idealizado, sabe? Todo mundo com os mesmos direitos, felizes com sua moradia e seu prato na mesa. Sinto -me mal por não fazer nada. Por estar quase zero graus e eu sentado aquecido em frente ao computador, escrevendo sobre o problema de seres humanos na rua. É tão falso.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Claro, há muitos empregos disponíveis no mercado para pessoas que não possuem escolaridade, e experiência." haha, ótimo.
E as coisas todas não têm como serem mais falsas: essa semana um menidgo morreu de frio. Tá, existem várias maneiras estranhas de morrer, mas morrer de frio é ridículo. É como se nós, aquecidos em nossas casas, fôssemos cumplices disso, como um assassinato em grupo, sabe? Pode parecer besteira, mas eu vi tudo assim e me sinto muito mal também.