Saí para pescar garças e a lua já apontava no céu. Não, não é engano seu, ou modo de ler errado. Pescar garças e não caçá-las a tiro de pólvora. Pescar é mais fácil, a gente as engana, assim como elas enganam os peixes. O propósito, saiba, é o mesmo: comer. Sou apreciador nato e talvez único da carne branca delas, gosto do sabor do rio,e até dos insetos que elas possam devorar. Faz-me bem. Sendo assim, desenvolvi um sistema único para pescá-las. Simples, mas eficiente.
Consiste basicamente em deixar a linha com o anzol boiando na superfície do lago. Ah, no anzol, obviamente um peixe. Um peixe comprado em peixaria, grande, morto. Cheiroso para as garças. Elas não demoram a aparecer, se agrupam, lutam para ver quem pegará a maior parte e então a vencedora se aproxima. Devagar e em menos de segundo dá o bote. Aí que eu de longe só observo e deixo de observar, puxando com toda a força o bichinho.
Uma vez uma se agüentou até não poder mais, tentou voar, voar e conseguiu por um período curto de tempo. A cena era linda, parecia que eu segurava uma pipa lá no céu. A danada se esforçou como pode. Foi quando, finalmente caiu, desistindo de tudo.
Ave magnífica e saborosa, sabe.
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2 comentários:
Eba, ele postou!
Fiquei contente com o resultado.
Abraço e sucesso
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