É no mínimo fantástico o quanto a internet mudou boa parte do modus operandis do jornalismo. Isto é, não se criou, propriamente, uma linguagem nova, mas mudou-se o elo, o estabelecimento e, mais do que tudo, a hierarquia.
Hierarquia não só do texto, mas também a hierarquia no macroespaço, uma vez que não estamos mais sozinhos durante o ato da leitura. As coisas estão acontecendo e se modificando ao mesmo tempo em que lemos. Atualizações são constantes, informações se sucedem vias diferentes redes sociais, via podcasts, youtube, etc.
E o mais importante, as pessoas conversam, trocam informações, criticam. Uma coisa que acho bacana foi o surgimento de blogs que acompanham e fazem a análise da mídia, de alguns jornais, das coberturas dos grandes veículos. Várias dessas iniciativas surgiram quase que ao mesmo tempo e oferecem uma visão antes não divulgada.
Ao mesmo tempo me pergunto quem é que pode fazer essa vigilância da mídia com propriedade? Qualquer um? Com certeza não. Talvez o responsável tenha que vir de dentro das academias, dos cursos universitários – não necessariamente o jornalismo. Uma avaliação sem embasamento não significa nada. A internet está aí para ampliar as possibilidades, para o bem ou para o mal.
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