sexta-feira, 15 de maio de 2009

Obrigações

Ela caiu
Que pena. Nem queria mais mesmo.
Tava só doendo a coisa entre nós. Doente.
Isso é o que ela deveria ser.
Como não vi antes.
O precipício a minha volta – e eu beirando o instante.
Nem tenho mais medo.
Enquanto a gente troca os jeitos.
Beijos sem dengos, abraços afogados
Dormindo nessa composição.

“A verdade é que os nossos caminhos se cruzaram só por momento”, ela me disse.

Não me lembro como respondi. Tirei o dinheiro da carteira e atirei na cama:

“Puta por obrigação”

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