- A gente já fez cada merda! Época que não volta mais.
- É verdade nem me diz, cara, mas é a vida, e foi divertido não foi?
- Com certeza. Pega a cerveja aqui, enche o copo. Depois se quiser mais me avisa.
- Ok.
- Se lembra daquela guria, aquela que eu sempre quis, mas ela nunca me dava bola. Como era mesmo o nome?
- Uma morena, não era? Baixinha talvez..
- Isso...a..Ri...Rita...Ritinha! Ritinha...ah..a Ritinha me fazia mal, queria ter pegado ali...como será que ela tá agora?
- Bah, aquela..eu matava certo...porra...era muito boa mesmo
- Pois é, tivemos sorte em questão de qualidade do mulherio na época da faculdade
- Tempos que não voltam mais
- Brindemos a isso
- Brindemos a Ritinha
- Saúde Ritinha! Esperamos que continue com uma boa saúde!
Som de cerveja descendo a garganta. O sol lá fora é escondido pelo preto fechado do começo da noite. Conversas em outras mesas. Barulho de copos escorregando nos plásticos.
- Casado então?
- Pois é, ela trabalha com vendas. Ganha um bom dinheiro. E agora o Jonas fica com a vó, o moleque já ta grande.
- É verdade. É verdade. Você já é pai. Cara, como isso aconteceu? Não sabia mais nada de você, desde o fim da faculdade. Se não fosse te encontrar por acaso agora há pouco na rua, talvez nunca mais soubesse..
- O tempo voa.
- O tempo é uma merda
- Brindemos a isso
- Não, brindemos a Ritinha
- Saúde Ritinha, muita saúde nesse corpo!
Um comentário:
Saúde, Ritinha!
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