Sempre gostei de textos narrados pelas impressões do indivíduo. É o modo mais fácil de escrever – e por isso mesmo, é muito mais suscetível a virar banal. Contudo, quando o texto é bem escrito, a narração é meticulosamente amarrada e a história é interessante, a primeira pessoa se tornará uma ótima arma para uma maior aproximação com o leitor. E é esse o seu maior ponto forte, ao escrever em primeira pessoa, insere-se um maior laço de “atenção” com a pessoa que folheia as páginas. Rubem Fonseca é o exemplo clássico, inserindo-se no personagem, pensando com – e como – ele, fazendo-o falar em sua linguagem. Viver o seu mundo histórico e conversar com a realidade. Parece uma coisa fácil de pensar, mas...mas não é.
É por isso que o velho Fonseca é mestre e é por isso que há vários textos narrados em primeira pessoa ruins. Eles não prendem a atenção porque não universalizam os temas: acabam só inflando o ego do autor.
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