segunda-feira, 30 de junho de 2008

Obstáculo 6

Vimos nas mãos, nem precisou de cigana – essas videntes chatas que andam no centro, e que pensam ter intimidade para segurar o braço de todo mundo. Droga. As linhas cruzavam diferente, nada combinava. Nem formar a letra “eme” a minha sabia desenhar, parecia totalmente desajustada, atrapalhando a união. Caminhos diferentes, sabe? Tentamos não ligar, num primeiro plano, continuamos saindo, mas no fundo já estava tudo decidido, como se fossemos apenas joguetes numa porra de tabuleiro construído por alguém maior (talvez todos nós sejamos crianças brincando num grande parque de diversão, cheio de altos e baixos). Alguém decidiu dar o nome de destino, mas eu chamo de trama, spot, roteiro da vida. O mundo é assim, cheio de reviravoltas, as pessoas vão embora, quando talvez pudessem se gostar, quando talvez pudessem construir novos spots. Mas a culpa é das minhas mãos, porra das mãos.

Nenhum comentário: