segunda-feira, 17 de março de 2008

Vibrações

Carina me olhava com uma atenção contínua, não retirava os olhos castanhos da minha pessoa. Houve um momento em que acreditava que eles já não eram mais dela, e sim meus - pareciam querer pular de sua órbita e cair na minha mão. De repente, ela saltou num pulo, em demasiada velocidade, sem suar por nenhum poro (aposto que nesse momento seu coração não acelerou, nem por um segundo), caminhava em forma de corrida, interna e externamente. Eu me encontrava paralisado, e posso dizer que as suas castanhas - agora com uma penumbra obscura - não desgrudaram do meu ser. Porém eu já não estava mais ativo, era como se visse meu próprio corpo de um lugar afastado, pairava quieto, afastado de minhas sensações térmicas ruins. Então eu a vi, pulando em cima de mim, destruindo meu pescoço. Sugando todo o meu sangue.

Um comentário:

Pricilla Farina Soares disse...

Tadinha da Claúdia...Vai se sentir rejeitada assim :X heaueai