quarta-feira, 26 de março de 2008
Teoria número três: sobre ressonância inter-pessoal e os olhares.
Imagine que eu e você somos amigos, talvez de longa ou de pequena data, porém em ambas as situações apresentamos um vínculo absolutamente forte. Simplesmente combinamos. E Então surge aquela sensação que ninguém sabe explicar, quando existem grandes laços: sentimos um pelo o outro. Medo, coragem, orgulho. E em certos momentos, até podemos adivinhar como o indivíduo agirá sobre algum assunto. Chamo isso de ressonância inter-relacional. Claro, quando convivemos rotineiramente com uma pessoa e criamos confiança, nossas atitudes também se aproximam, iludimos nossas vontades com a do seguinte, batemos de frente, entramos em acordo – mesmo que inconscientemente. São pré-nupciais combinados a partir das pausas, das palavras que não falamos, do sentido crucial de respeito. A ressonância aborda todas essas atitudes. As almas dos amigos se conversam, se brigam se perdem, se confidenciam. Mas continuam ali. E tudo isso é espelhado pelo olhar. É apenas um olhar com aquele seu melhor amigo, para dizer-se tudo. São os acordos estabelecidos pelo bate papo das almas. Nossas consciências se tocam, certamente, sofrendo influência da próxima, devido à afinidade. E tudo isso se mescla nos encontros dos olhos.
escrevinhado por
Rafael Gloria
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às
20:01
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teorias
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3 comentários:
Esses olhares, são o que fazem toda a existência valer a pena!
É ter um dia horrível, e então encontrar seu melhor amigo, olhar pra ele e simplesmente começar a chorar, e então ele te abraçar e os dois ficarem em absoluto silêncio, mas sendo extremamente confortáveis um pro outro...
Quando eu digo que vivo pelos meus amigos, é por essas coisas que tu citou...
^^
adorei o texto Rafa!
beijos
Uma das coisas mais maravilhosas da amizade é poder ser entendido pelo olhar. As palavras são interessantes,mas em certos momentos somente um olhar extremamente legível do seu melhor amigo pode ser suficiente para te fazer menos sozinho no meio da multidão. :)
:* Rafa
Os olhos dizem muita coisa, mesmo. Mas as costas também dizem, os gestos também dizem, o silêncio também diz, o humor, então, nem se fala. Às vezes eu tenho essa sensação de cumplicidade amiga com várias pessoas, e outras vezes parece que ninguém é capaz de entrar em sintonia comigo. Às vezes eu acho que um espelho é um melhor amigo. Ou um travesseiro, ou o cachorro... Às vezes tu tá tão feliz que quer abraçar as árvores, e outras vezes tá tão triste que quer se enfiar num buraco e não sair dali nunca mais. É bom encontrar o conforto nos olhos dos amigos, mas é bom também usar os próprios olhos pra encontrar conforto em si mesmo. Sem ser umbigocêntrico, é claro...
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