segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Crônicas de um repórter novato – parte XI

Estou meio que gostando de ser jornalista e isso está me deixando feliz e também preocupado. Serei uma daquelas pessoas sem tempo para nada e totalmente viciada no trabalho? Terei reuniões chatas com os meus colegas, quebrando a cabeça para decidir coisas que as pessoas raramente se importam?


É incrível como o jornalismo sempre me deixou com dúvidas e curiosidade. De certa forma essas duas coisas sempre me atraíram. Acredito que quando eu consigo resolver situações que tenham essas duas características, eu me realizo. Será que um dia poderei resolver o jornalista que há em mim?


Ah, muitas perguntas para poucas frases.


Comecei a me dar conta que estava sem tempo para tudo, quando a minha irmã mais nova, de apenas dez anos reclamou comigo que eu não brincava mais com ela. Que eu não jogava mais bola, ou videogame, essas coisas.


Me senti péssimo na hora, e prometi que tentaria arranjar mais espaço para ela. Comecei a pensar logo depois se o jornalismo me concederá tempo, quando eu precisar. Para a família que um dia eu possa vir a ter...não sei.


São apenas suposições, mas o fato de eu não ter horas para as pessoas que amo não me agrada nenhum pouco. Espero que o tempo me ajude de vez em quando, para transformar as confusões em certezas e assim criar mais e mais momentos livres.

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