domingo, 29 de novembro de 2009

Aquelas cenas que marcaram - postagem temática

Meu top 5 e também a minha postagem temática será sobre seriados, ou melhor sobre momentos que me marcaram dentro de seriados. É um top bem pessoal e espero que gostem, vamos lá:

(ah, vejam os vídeos também!)


Aquele em que quatro estão na frente (Scrubs)




Minha relação com Scrubs começou sem querer, numa dessas tardes tediosas em que se passa na frente da televisão. Scrubs conta a história de John Dorian, mais conhecido como JD, um estagiário na medicina que começa a ver como as coisas são na prática. Há muito realismo fantástico em Scrubs: boa parte do programa se passa na imaginação de Dorian. Ele é o narrador em primeira pessoa, logo muito da trama é observada do seu ponto de vista. Tanto que o nome da maioria dos episódios começa com o pronome “My”. Exceto por aqueles em que são narrados por outros personagens, se não me engano ao longo do seriado cada personagem tem a chance de narrar pelo menos uma vez. Escolhi esse trecho porque evidencia bem duas características de Scrubs: a ótima utilização de música e as viagens de JD. Esse trecho foi retirado do primeiro episódio da segunda temporada, no final da primeira todos haviam meio que brigado e discutido. Overkill do Men at work funciona direitinho com o momento.

Aquele em que três estão na frente (Barrados no Baile)



Eu tinha 15 anos. Não conhecia muitos seriados, e durante as férias de verão acabei me deparando com o Beverly Hills 90210. No começo tinha um pouco de preconceito, mas com o tempo fui entrando na trama, admito. Alguns episódios eram bem feitos e os personagens, por mais estereotipados que fossem, eram carismáticos. Principalmente a dupla Brandon e Dylan. Tão diferentes, mas bons amigos. Brandon era o estudioso, bom moço e esforçado. Tinha aquele charme de vir de uma cidade de fora e de não ser tão rico quanto os outros (embora não fosse nenhum pobre). Já Dylan era o esperto, gostava de viver perigosamente, e costumava fazer sucesso entre as mulheres com aquele estilo playboy bad boy rico. O legal é que todos os personagens mudaram muito com o decorrer da série. Escolhi uma parte da sexta temporada, onde Dylan perde a esposa assassinada, na verdade era para ser ele o morto. Eles haviam casado no mesmo dia. Seu amigo Brandon está lá com ele, quando Dylan encontra sua mulher assassinada. Ele havia perdido o pai recentemente também. Atordoado, ele resolve abdicar de sua vida em Beverly Hills e se manda na manhã seguinte com sua moto, pela estrada, sem se despedir de quase ninguém. Não sei porque essa cena me marcou tanto, talvez fossem os meus quinze anos, mas o sofrimento de Dylan seguido por uma cena dele indo embora de moto no horizonte me parecia – e me parece ainda – muito bem feita. Talvez porque seja a despedida de um bom personagem, que depois acabaria voltando, mais para o final da série.


Aquele em que dois estão na frente (Twin Peaks)



O que pode surgir quando um diretor como David Lynch resolve fazer um seriado? Uma trama elaborada, complexa e instigante, é claro. Mas somente esses adjetivos, que todo mundo sabe que caracteriza a obra do americano, não são capazes de definir Twin Peaks. Ainda há o humor negro, os personagens fantásticos e interessantes, capazes de amarem a simples sensação de tomarem um bom café preto (more black than a night!, como dizia o agente Cooper). Este último, aliás, é um dos grandes personagens criados nos últimos 20 anos em seriados. O agente especial do FBI agente Cooper não era nada arrogante e usava métodos de apuração e investigação inusitados. Ele seguia os rastros que apareciam em seus sonhos e também se utilizava da filosofia hindu para dar base as suas investigações. Quando chegou à pequena cidade de Twin Peaks para cuidar do caso do assassinato de Laura Palmer, foi possível observar o impacto que a sua presença causou no local. Escolho uma cena clássica dentro do seriado, quando Dale está sonhando e recebe várias dicas do assassinato. E quando escrevo dicas refiro-me a um anão de terno vermelho dançando bizarramente e falando ao contrário, uma Laura Palmer morta, mas ainda sensual, beijando um Dale Cooper 25 anos mais velho e falando coisas aparentemente sem sentido e um estranho cabeludo gritando. Sim, é Lynch. Fazer o quê?

Aquele em que um está na frente (The Office)



The Office é um dos seriados que me pegou direitinho nesses últimos tempos. Meus amigos comentavam bastante sobre ele, mas ainda não tinha tido tempo ou relutava em assistir. Acabei baixando e me viciei. Todos os personagens são ótimos e as situações criadas são bem diferentes das comédias que até então eu havia visto, tudo parece mais humano. Em The Office você aprende a rir da vergonha alheia e do humor por muitas vezes quase cruel. Principalmente na figura do gerente Michael Scott, interpretado por um genial Steven Carell (fez filmes como Um Virgem de 40 anos, Pequena Miss Sunshine). O chefe do escritório é uma daquelas pessoas extremamente carentes e solitárias, que tenta ser engraçado e que se acha muito engraçada, mas a maioria das vezes não consegue agradar. Ou melhor, consegue sim: acabamos rindo desse seu jeito bitolado e depois de um tempo acabamos gostando dele e de certa forma o entendendo. Não poderia deixar de falar do Jim e da Pam, obviamente, um dos casais mais bem bolados e bem amarrados dessa safra de seriados dos últimos cinco anos. Depois de um tempo de idas e vindas, de acertos e desacertos, eles acabaram se casando. Escolhi esse momento, porque na realidade foram dois casamentos. Um em um barco nas Cataratas do Niágara, longe de todo mundo, só eles. Não é isso que realmente importa? Ah, e depois eles se casaram na igreja também...mas foi mais uma formalidade e ao som de Chris Brown ainda. Imitando o famoso vídeo do Youtube. Fantástico!


Aquele em que ninguém está na frente (Friends)



Friends foi um fenômeno da cultura pop na década de noventa até metade dessa década. Para se ter uma ideia em sua última temporada, cada um dos seis atores recebiam cerca de R$ 1,000,000 de dólares por episódio. O que eu achava mais interessante em Friends é que não havia um protagonista fixo: tinha espaço para cada um dos seis amigos desenvolver a história. Tanto que todos eles tiveram seus momentos de protagonistas dentro do seriado. O casal Ross e Rachel talvez tenha sido o mais atrapalhado e o mais cheio de problemas no relacionamento. Escolhi um momento muito bom dos dois, quando eles finalmente ficam juntos pela primeira vez, e a Rachel entende que o Ross gostava dela há muito tempo, desde o colegial. Só vendo mesmo. E o vídeo esta aí em cima para isso. =)

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Sugestão de tema: Dança

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2 comentários:

Vinicius disse...

Muito interessante a sua ideia, confesso que depois que escrevi o meu texto, pensei que um top5 seriados poderia ter me ajudado mais, hehehe, Mas pensando bem, talvez ficaria preso nesta brincadeira, pois sem dúvida alguma F.R.I.E.N.D.S ocuparia os 5 lugares.
E o episódio escolhido é muito engraçado e bom para relembrar como tudo começou
abraços

gregtest disse...

Essa foi uma boa ideia de top, talvez eu te imite no futuro... De qualquer jeito o primeiro lugar foi realmente merecido, é um dos grandes momentos de FRIENDS.