Ela chega cansada do trabalho, joga a bolsa amarela, quase laranja, no sofá e deposita o corpo, pouco a pouco, na cadeira da mesa da cozinha. Quer café para se manter acordada: ainda precisa jogar um pouco de sua criatividade num texto que deve ser entregue no dia seguinte. Prepara a bebida, da maneira mais rápida e sem paixão possível, depois senta no sofá. Não há mais ninguém na casa, e nem em sua vida, no momento. Em frente a tela do computador pensa em tudo que lhe aconteceu nesses 27 anos. Sua mente pára nas lembranças das pessoas que amou, uma nunca lhe fugiu a cabeça. A dúvida é a pior inimiga dos dias e da folha em branco, preparada para o texto, para as palavras. Há anos o caso mal resolvido vem complicado a sua vida, os seus desenrolar de palavras. O que poderia ter acontecido, se fosse de um outro jeito, se não seguissem caminhos diferentes? Ela nunca poderia saber. Agora, apenas digita com os dedos, o texto ainda confuso, ainda inerte, embaralhado entre sentimentos.
obs: post número 100 do blog, pessoal. muito obrigado, do fundo do coração, por realmente lerem. =)
2 comentários:
Não queria crer que tu te inspira em elementos da tua vida cotidiana, hein? hehehe
Não entendi o título, ainda. Para mim ficaria muito melhor: "sem/timento"... Explica?
A burra! Post nro. 100, óbvio... hauahuahua Não existem mais neurônios nessa cabecinha...
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