segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Parabéns

Não foi um encontro casual, já estava combinado, eles, enfim, se falariam pessoalmente. O céu já ensaiava uma pequena chuva: a camada de água serviria para cobrir os transeuntes. E, de certa forma, cobri-los também, enrolá-los em uma nuvem mútua de um sentimento que estava para nascer. Ônibus, Universidade, debate e mão, nessa ordem mesmo, as palavras e a conversa fluíam. Interessante ouvi-la, interessante ouvi-lo. Não estavam com receio, mas o sagrado momento da união interpessoal não chegava, parecia sempre beirar, estar preste a acontecer, como um navio que se desloca antes de enfim, aportar. E o instante chegaria perto da despedida:

- Por que você resolveu me conhecer afinal? - ela pergunta, meio que rindo, buscando a verdade nas entrelinhas.

- A gente tem que ir atrás do que nos interessa... – ele respondeu em meio tom, cabeça baixo, olhando e desviando dos seus olhos.

Então pequenos risos tímidos aconteceram, alguns ônibus que a levariam embora passaram, mas ela ainda ficava, como se esperasse o momento certo (mais tarde ela revelaria que era isso mesmo). Foi então que ao se despedir para pegar o transporte coletivo final, enquanto trocavam beijos no rosto, a boca foi se desviando e encaminhando-se como se seguisse uma trilha para o outro lábio. E então eles se chocaram, criando outras oportunidades, outros caminhos, outros mundos. E mesmo que chovesse pelos corpos, e mesmo que se o sol chocasse na terra, nada poderia parar aquela sensação.

2 comentários:

Anônimo disse...

que final feliz!!xD
...ou será o começo feliz de de uma história??
ameeeeeeeeeeeei!!
adoro-te...DEMAIS!!!
obrigada por tudo, amoreee!!

Anônimo disse...

bah, soh faltou dizer quais seriam os nomes dos protagonistas desse momento...ou serah q não precisa?
=)
abraço, Glória!