Os olhos serpenteiros esverdeados vão esboçar a
incontrolável vontade. Vai subir pelo corpo e rondar o ambiente, contornar o
seu rosto e sucumbir no cabelo cheio de volta - se perder nele, se jogar nele.
E vai esperar. O silêncio surgir quando se fica quieto em dois. É o momento sem
palavras mais importante do mundo. É o tempo mais calmo e estrangulado. Esse
que precede a boca, a sua boca na minha. Toda essa vontade em contratempos de
tempo é promessa de se tornar experiente em cruzados encontros das esquinas dos
nossos corpos. Escalando todos os beijos imaginados e perdidos. Todos os
ensaios de silêncios anteriores, só para este. Só para este. Surgir.
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