domingo, 4 de maio de 2014

Mundo

Hoje acordei era alta madrugada.
Tu ainda dormia.

As pernas entrelaçavam-se com o lençol.
O lençol não mais existia.

Teu rosto farol  iluminava a noite,
contornei as linhas da encosta
descobrindo novos mundos.

Nosso novo mundo.

Tua boca brasa contorcia
elixir de ar e
eu era todo átomo
toda partícula

dessa paisagem.

Teu seio manso que me acalma
a volúpia externa.
Tua voz trêmula no ouvido.

Eu sou um pouco disso -
da tua madrugada,
do teu corpo na cama.
No quarto,
no mundo.

O mundo desaparece.

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