quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Eu não sou mais eu

Lembro quando comecei esse blog há exatos sete anos. Eu não sabia o que escrever e me surgiu a ideia de iniciar o primeiro texto com uma curiosidade asteca que teria acontecido naquele dia, ou seja, hoje, 17 de dezembro.

Por mais que eu tenha diminuído a frequência de postagens aqui no Contagens, ele continua sendo uma das atividades que eu mais gosto nessa vida. Reconheço-me e desconheço-me em muitas desses textos. Eu não sou mais aquele que eu era. E eu ainda sou um pouco daquilo que eu fui e, provavelmente, continuarei sendo – até o momento fatídico de não ser mais. 

O momento, talvez, uma das palavras que defina o Contagens.

Ano passado, praticamente há quase 365 dias escrevi o texto “Agora, é claro”, resumindo aquele 2013, que fora péssimo para mim, assim como eu fora péssimo para ele. Em 2014, eu acreditei e aceitei mais. Comecei a entender melhor o meu compromisso como jornalista e pude delinear o que posso vir a fazer.

A vida, de modo geral, ainda continua confusa para mim, mas agora consigo observar melhor o que sempre foi claro e consistente durante todos esses anos. Eu posso ver aqui dentro de mim, e, desse modo, eu também posso ver refletido no Contagens.  As respostas que eu preciso sempre estiveram variando entre esses dois lugares, esperando o momento certo de caírem no meu colo.

E, mesmo assim, é difícil chegar a elas, porque não são redondas, ou prontas. Elas se transformam também, assim como esse blog, assim como eu.

Escrever é a chave de tudo. Assim como o jornalismo cultural na minha vida profissional. E a importância que eu dou para os relacionamentos. Minha vida gira em torno disso tudo. E me transforma periodicamente. Pois, então, decidi escrever mais, trabalhar mais com o jornalismo cultural e prezar ainda mais pelos meus relacionamentos.

Sete anos não é pouco.



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