segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Desperto, e é cedo

Não para de dançar,
se não eu paro também
e te esqueço.

Chega de fingir,
que eu silêncio e te vejo
desaparecer aos poucos,
também:

Quem disse que era para ser?
Quem disse que ia resolver?

Aqui, já tá tarde,
para qualquer esforço.

Fora (já saio),
desassossego é praxe.

Deixa, eu construo um pedestal,
e posto a nossa frente,
rente em mim
distante em ti.

Deixo você 

dançar
- só dançar -,
enquanto tudo desperta
e sou levado pelos primeiros
pássaros da manhã.

Nenhum comentário: