quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Crônicas de um repórter novato - parte XXIII

Ah!

O quão maravilhoso e terrível pode ser o tempo?


Estou retomando o blog, e relendo essa coluna fiquei docemente nostálgico. Tantos momentos importantes eternizados nesses pixels. O Rafael Gloria estagiário com receio e nervoso nunca sairá de mim, porque eu nunca deixarei. Ele é essa pessoa apaixonada por escrever, apaixonada em descobrir os outros e pelo fazer jornalístico. Por que eu mudaria isso?

Tudo que ele precisava era um pouco de coragem. E acho que isso eu consegui.

Desejo que o Rafael Gloria estagiário seja a pedra fundamental da minha profissão. O marco, a fé, a lembrança que faz seguir adiante. Afinal, o que não é o jornalismo se não a eterna perpetuação do banal? Sim, banal, porque tudo - atravessado pelo tempo - fica banal em algum momento. Tudo é solúvel e medroso perto da poeira de estrelas.

Não existe a tal objetividade, só existe o princípio de encontrá-la, buscá-lá, sem nunca nunca a encontrar. Há algo mais poético que isso?

Jornalistas, então, são seres emocionais que anseiam o factual. A subjetividade coberta por concreto, nascendo e morrendo todos os dias.

Humanos e nada mais.

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