Agora escapa dessa.
Que eu já contei mais de um milhão de vezes.
É quase como se fosse sempre igual.
Não podemos ser rudes e nem tocar; não podemos pensar no que
já foi dito.
Meu corpo nem fala mais porque nem há nada mais para dizer.
É só jogar tudo fora.
De novo.
No final do dia.
Repete como quem sonha com desejos,
Destila veneno, por favor.
Ajuda a compor em mim o que nem lembro.
Antes de a noite chegar, cansada.
Antes de o beijo acalmar o pensamento.
E tudo fingir que fica normal, mas só por um tempo.
Um comentário:
Gostei do texto.
"Ajuda a compor em mim"... Imaginei-o como uma partitura, uma música...
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