Saiu de cima da bicicleta para o chão com apenas um pulo.
Puxou as calças para cima, levou a mão à testa, a fim de limpar o suor, e
largou a bicicleta no muro mais próximo. Agora esperava os outros chegarem. Foi
o mais rápido. Contou o tempo: levou apenas 25 minutos de casa ao parque. O trânsito
não atrapalhou em nada, afinal era um sábado à tarde de fevereiro. Maioria das
pessoas naquele momento deveria estar na praia, banhando-se no mar. Se pudesse,
ele estaria na praia também, deixando o sol torrá-lo lentamente. Não que o sol
da cidade não o torrasse, mas obviamente tudo parece um pouco melhor com areia nos
pés. Do nada, a bicicleta perde o apoio e cai no chão, o barulho é abafado pela
pouca grama que tenta crescer no chão arenoso. Prateada assim no chão, solta,
parada, ele resolve se juntar a ela. Deitar seria bom para descansar enquanto
os outros não chegam. Deitar e aproveitar a nuvem que tapa a luz e fechar os
olhos só por um instante. E só por um pouco de tempo dormir, enquanto a luz não
chega para nos acordar novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário