terça-feira, 11 de outubro de 2011

fechar os olhos


Saiu de cima da bicicleta para o chão com apenas um pulo. Puxou as calças para cima, levou a mão à testa, a fim de limpar o suor, e largou a bicicleta no muro mais próximo. Agora esperava os outros chegarem. Foi o mais rápido. Contou o tempo: levou apenas 25 minutos de casa ao parque. O trânsito não atrapalhou em nada, afinal era um sábado à tarde de fevereiro. Maioria das pessoas naquele momento deveria estar na praia, banhando-se no mar. Se pudesse, ele estaria na praia também, deixando o sol torrá-lo lentamente. Não que o sol da cidade não o torrasse, mas obviamente tudo parece um pouco melhor com areia nos pés. Do nada, a bicicleta perde o apoio e cai no chão, o barulho é abafado pela pouca grama que tenta crescer no chão arenoso. Prateada assim no chão, solta, parada, ele resolve se juntar a ela. Deitar seria bom para descansar enquanto os outros não chegam. Deitar e aproveitar a nuvem que tapa a luz e fechar os olhos só por um instante. E só por um pouco de tempo dormir, enquanto a luz não chega para nos acordar novamente. 

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