Descobrir. Para mim, uma das melhores sensações. Descobrir os
prédios que de repente se abrem, surgindo colossais em uma rua deserta –
normalmente sempre cheia de gente, de carros. Descobrir por trás de uma
conversa qualquer o que realmente se quer dizer. Descobrir naquele texto
complicado, sinuoso, camuflador, aquela fantástica história e se maravilhar.
Descobrir a essência de uma pessoa por trás de toda timidez, por trás de toda a
felicidade exacerbada. Descobrir o que significa a perna dobrada na cama, o
sinal no ombro, no antebraço, descobrir que se respira forte à noite. Descobrir aquele cacoete na voz e descobrir
que se gosta do aparelho, da dobra do sorriso na bochecha, formando a maçã
cavocada no rosto. Descobrir-se no outro, e misturar-se com o outro em novas
descobertas juntos, descobrindo o que não mais se esperava, des-cobrindo debaixo do
assoalho, para todo mundo ver o que estava escondido há tempos. Descobrir
que o Café da manhã à noite pode ser o melhor.
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