segunda-feira, 8 de abril de 2013

lá embaixo

Fim de festa,

chega no ouvido e diz que

só não vou para sua casa

porque ela tá sangrando.


Eu também estou,

e acho que tá todo mundo assim,

de alguma forma.



Mas o dela é lá embaixo

por entre as pernas,

quente,  jocoso  e jorra,

provando que ainda há vida,

que ainda poderá ter vida.


Para eu e você,

para ele e ela que dormiram

e àqueles que se

aventuram na agrura mais

profunda dos corpos.


Disse que em outra oportunidade

daqui uns dias, daqui uma semana;

por que não

há a vida toda na frente

para a gente se afogar

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