sexta-feira, 1 de março de 2013

Meus 25 anos

Não me sinto tão diferente de quando eu tinha dezesseis anos, o que muda é que fica mais fácil. Fica mais fácil tudo, na verdade: perceber, esquecer, superar, tentar. Com 25 anos me sinto aberto para tentar de tudo, ao mesmo tempo que me sinto preocupado de não conseguir nada. Mas isso é coisa minha e da minha cabeça que procurar prever as possibilidades para não se machucar  depois. Para não se perder mais.

Sinto vontade e penso grande sobre tudo que acontece ao meu redor, sinto falta da cumplicidade dos amigos diariamente, algo que tive no colégio, na faculdade, e não sinto agora. Talvez eu me sinta um pouco solto. Tenho, é claro, grandes amigos, mas não os vejo com tanta frequência. E nada é melhor do que uma boa conversa sobre a vida, porque falar, conversar, é um modo de organizar o seu mundo, você. A vida é uma chegada eterna a epifanias baratas em conversas muito importantes. Ou pode ser o contrário também.

Com 25 anos, a gente pondera demais sobre as coisas, quando devia simplesmente viver sem estar preocupado. Estar ansioso, ou receoso, não me leva a nada. Se preocupar com suas características inerentes, não leva a nada também.

Com 25 anos, a gente começa a pensar no que já fez. Com quem se reuniu, o que conquistou, as experiências que obteve. E me sinto bem nesse campo até, pois eu vivi, amigos (e vivi amigos). Eu senti muitas coisas, muitos sentimentos, muitas pessoas, e momentos tão divertidos, quanto tristes. Criei laços que certamente vou levar até fim.

Com 25 anos, a gente percebe que limitar é necessário, afinal, você deve tomar decisões. Decisões que podem nem sempre parecer boas, mas que podem se mostrar corretas tempos depois.

Acho que  o que importa com o tempo é o quanto você consegue evitar se iludir. Ninguém precisa armar contra si mesmo, mas todo mundo faz isso um pouco. São os abafamentos diários os males mais ariscos, as palavras não ditas, os medos não compartilhados, as vergonhas alheias, as opiniões não dadas, o medo de machucar...É desse modo que se morre aos pouquinhos, lentamente. E com 25 anos, você vai percebendo, porque fica mais fácil.


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