Te amo
de quatro,
na parede
encostada, de leve.
Minha,
te amo entre
as entranhas
encardidas da noite.
Por dentro
te amo
indo e vindo,
indo e vindo
no chão do quarto.
Em cima do tapete,
sob o armário.
Em frente ao espelho
só para ver.
Solta,
há tempo te amo
no chuveiro.
Dormindo, em sonhos poluídos,
com a fumaça
do cigarro.
Te amo como os restos
no cinzeiro amam:
abandonado.
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