Pode soar meio old fashion, mas eu me vejo casando
com você, e você entrando de vestido branco (ou não) em alguma cerimônia, olhos
úmidos. Vejo-me fazendo forças para falar juramentos, que, na verdade, foram
escritos ao longo de anos. Eu vejo isso acontecendo, sério, eu que por muito
tempo relutei, que não acreditava mais no conceito de família – talvez por
minha família – eu vejo nisso uma chance de tentar. Tentar fazer algo que eu não
pude ter direito, novas tradições. Retratos na sala, noite de filme de terror,
brigas marcadas em períodos, desistir para compartilhar melhor. Estou pronto. Sim,
eu que já errei tanto, faço isso porque tento ser uma pessoa boa o suficiente
para você. Um clichê ambulante, entre os vários clichês ambulantes. Casar.
Clichê tão estúpido quanto o de viajar para se encontrar; para esquecer,
excluir. Verdadeiros, por que não. Verdadeiros, por que sim. A gente vai se juntar
só depois que o mundo diminuir - e assim ficar. Eu vejo, não sei se
você vê, mas eu vejo.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Carta 12
escrevinhado por
Rafael Gloria
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22:39
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
poema 63#
os galos cantam lá fora
quase quatro da manhã
nem é
hora de acordar
de dentro
a gente prepara o sono,
a gente prepara o fingimento.
de noite quando se esquece de dormir
o que se faz para sonhar
para delirar
é o mesmo que se faz para viver.
escrevinhado por
Rafael Gloria
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às
23:45
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