segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
ora bem baixo agora
Não me dê um dia de sol,
se virão outros três
de chuva.
Brinca com os dedos
e estala;
pois as palavras, depois, surgem,
como cometa.
Dá-me consciência
apenas se não querer
usá-la.
Os dedos calejantes
estão finalmente apontando as letras.
Tire tudo da minha pessoa que não seja pessoal,
deixe os medos, as lembranças, e a caricatura,
e tudo isso
que chega ao papel,
apesar dos dias,
da consicência.
domingo, 21 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Sombra
Só de achar que havia te visto naquele auditório cheio hoje de tarde eu comecei a pensar imediatamente se eu estava com o cabelo arrumado, se a minha roupa não estava estranha, ou se eu havia engordado. Um pequeno aceleramento na batida do coração e uma sensação de fraqueza, como se estivesse com sono, mas também feliz ao mesmo tempo denunciavam tudo aquilo que eu tentava esconder.
Eu me vi caindo, caindo.
Mas daí não era você, apenas lembrava o seu sorriso que abre e fica estampado no ar por algum tempo, contagiando todos os átomos ao redor. Mas não chegava nem perto daquele modo de rir maluco, nem perto mesmo. Então tudo diminui, as batidas voltaram, tudo voltou, tudo ficou normal e chato de novo.