Lembro quando comecei esse blog há exatos sete anos. Eu não
sabia o que escrever e me surgiu a ideia de iniciar o primeiro texto com uma
curiosidade asteca que teria acontecido naquele dia, ou seja, hoje, 17 de
dezembro.
Por mais que eu tenha diminuído a frequência de postagens
aqui no Contagens, ele continua sendo uma das atividades que eu mais gosto
nessa vida. Reconheço-me e desconheço-me em muitas desses textos. Eu não sou
mais aquele que eu era. E eu ainda sou um pouco daquilo que eu fui e,
provavelmente, continuarei sendo – até o momento fatídico de não ser mais.
O momento, talvez, uma das palavras que defina o Contagens.
Ano passado, praticamente há quase 365 dias escrevi o texto
“Agora, é claro”,
resumindo aquele 2013, que fora péssimo para mim, assim como eu fora péssimo
para ele. Em 2014, eu acreditei e aceitei mais. Comecei a entender melhor o meu
compromisso como jornalista e pude delinear o que posso vir a fazer.
A vida, de modo geral, ainda continua confusa para mim, mas agora
consigo observar melhor o que sempre foi claro e consistente durante todos
esses anos. Eu posso ver aqui dentro de mim, e, desse modo, eu também posso ver
refletido no Contagens. As respostas que
eu preciso sempre estiveram variando entre esses dois lugares, esperando o
momento certo de caírem no meu colo.
E, mesmo assim, é difícil chegar a elas, porque não são
redondas, ou prontas. Elas se transformam também, assim como esse blog, assim
como eu.
Escrever é a chave de tudo. Assim como o jornalismo cultural
na minha vida profissional. E a importância que eu dou para os relacionamentos.
Minha vida gira em torno disso tudo. E me transforma periodicamente. Pois,
então, decidi escrever mais, trabalhar mais com o jornalismo cultural e prezar
ainda mais pelos meus relacionamentos.
Sete anos não é pouco.
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